segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Inércia

Sou a dualidade que se esconde e se revela, que se deixa interpretar. Parte tímida e deslumbrante. Sou a infância, sou os erros; a teoria e a razão. Sou a profundidade e o sentimentalismo. Sou a melancolia em pensamentos. Sou a ilusão, os sonhos, o místico e o surreal. Sou a ironia e o mistério. Sou viagens e rotinas. Ambição, determinismo e ambigüidade. Sou o lado negativo, sou a solidão. Percepção e sensibilidade. Sou a imperfeição escancarada, inconseqüência e responsabilidade. Sou o peso, a loucura; e ao mesmo tempo sou a sanidade. Sinceridade, fidelidade e sou toda sorrisos. Sou filosofia, música e literatura. Muitas vezes a felicidade contida. Sou a multiplicidade, a adição e a divisão. Mas fundamentalmente, sou a diferença.

Por mais que o dia brilhe lá fora, não sinto o calor que eu gostaria de sentir. Sabe quando esperamos por algo que queime nosso corpo? E que nos faça suar frio?

Continuarei esperando por todas as cores da palheta da vida. E, enquanto elas não aparecem, fico com os tons cinzas daqui.

** Enquanto isso, no messêne **

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