Na última noite eu resolvi reler nossa história, contada por você. Tantos textos sobre mim e sobre nós, tantos sentimentos que revivi ali, deitada na cama, antes de dormir.
Eu, que sempre quero mostrar desapego, não vejo mais necessidade disso. Sinto sua falta, falta do seu cheiro, do seu bem querer. Falta da sua incrível habilidade de me acalmar nas minhas tormentas. Falta de te contar quanta coisa boa vem acontecendo e de você dizer que é tudo mérito.
Eu queria te ver quando fiz minha matrícula. Tinha a esperança de, ao acontecer esse encontro, toda essa falta e essa saudade se dissipasse. Talvez não vá ser assim quando nos cruzarmos, talvez eu tenha a certeza de que não há no mundo melhor parceiro.
Tantos "talvez". Tantos "se".
Nós, tão diferentes, nos vimos em busca da mesma coisa sem buscar. Você, tão Google e eu tão Apple. Você tão razão e eu tão emoção. Você tão independente e eu tão dependente de você. Você, meu gigante e eu, sua miúda.
Ainda fico esperando ver sua moto no posto quando desço do ônibus, ou no portão de casa. Ou você dentro de casa, porque você sabe abrir o portão sem chave e sabe que eu não tranco a porta. A porta está lá, aberta, te esperando voltar pra casa.
Apesar de tudo, ainda me sinto preenchida. Ainda me sinto viva. Ainda me sinto especial como você me fazia sentir, e sou muito grata por isso. Você enxergou em mim facetas que ninguém mais viu, conseguiu penetrar no meu sorriso de Monalisa e me descascar da minha fantasia de Matrioska.
Era sensacional eu ser eu mesma, sem pudores e sem vergonhas. Era poder ter seu corpo sempre quente ali ao lado. Era nosso sexo, incrível e inigualável. Era nosso carinho, transparente e desmedido.
Muito obrigada por ter me livrado das garras do passado e me feito viver o presente e acreditar no futuro. Essa é uma das maiores dádivas que você me deu. Uma outra foi me mostrar que o Amor não precisa ser exaustivo, inconsequente e nem dolorido.
Você me fez uma pessoa mais feliz.
E eu te amo.
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