Lembro de ter ouvido daquele homem tão especial: 'Quero te ver aos 30. Certeza que você vai ser a maior gostosa. E madura pra caralho.'
Faz tanto tempo, numa época em que ainda falávamos de futuro. Ainda queríamos ser um só.
E apesar de toda a toxicidade do que nos unia, não sobraram lembranças ruins. Apenas as boas, daquelas que fazem a gente pensar se não era a pessoa certa.
Não. Não era. Não é. Nunca foi.
Mas mesmo assim, foi meu melhor professor. Em todos os sentidos. Sua maturidade e experiência reluziam sobre minha insegurança e angústia. E ele me ensinou.
Ficaram algumas coisas, claro. Os vícios, os ensinamentos e o apelido que carrego até hoje. E a crença de que nunca mais me sentiria viva novamente.
Aprendi tanto que cheguei num ponto que não sabia mais quem eu era. Me julgava esperta, descolada, madura e experiente. E mostrava isso pra todo mundo, fazia questão de bater no peito as minhas ideias e convicções.
De repente deixei de ser a mulher e voltei a ser menina. Insegura, tapada e infantil.
Convicção de merda.
E desaprendi a maior das lições: não chutar cachorro morto. Desaprendi que o passado não deve ser mexido, porque machuca. Porque dói.
Dói muito.
Tudo o que foi aprendido, destruído. Tudo apagado. Num piscar de olhos, num batimento cardíaco. Nada restou.
Somente o apelido.
** Ainda tenho tanto a (re)aprender **
Faz tanto tempo, numa época em que ainda falávamos de futuro. Ainda queríamos ser um só.
E apesar de toda a toxicidade do que nos unia, não sobraram lembranças ruins. Apenas as boas, daquelas que fazem a gente pensar se não era a pessoa certa.
Não. Não era. Não é. Nunca foi.
Mas mesmo assim, foi meu melhor professor. Em todos os sentidos. Sua maturidade e experiência reluziam sobre minha insegurança e angústia. E ele me ensinou.
Ficaram algumas coisas, claro. Os vícios, os ensinamentos e o apelido que carrego até hoje. E a crença de que nunca mais me sentiria viva novamente.
Aprendi tanto que cheguei num ponto que não sabia mais quem eu era. Me julgava esperta, descolada, madura e experiente. E mostrava isso pra todo mundo, fazia questão de bater no peito as minhas ideias e convicções.
De repente deixei de ser a mulher e voltei a ser menina. Insegura, tapada e infantil.
Convicção de merda.
E desaprendi a maior das lições: não chutar cachorro morto. Desaprendi que o passado não deve ser mexido, porque machuca. Porque dói.
Dói muito.
Tudo o que foi aprendido, destruído. Tudo apagado. Num piscar de olhos, num batimento cardíaco. Nada restou.
Somente o apelido.
** Ainda tenho tanto a (re)aprender **
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