domingo, 14 de fevereiro de 2010

Reticências

Ele a olhava com aqueles olhos semicerrados, velhos conhecidos. A olhava e agradecia por tê-la ao lado, com sua manias, seus vícios, sua risada, seus turbilhões.

A voz grave, a respiração pesada. O ritmo cardíaco aumentado. Sim, ele sabia. Ele sentia.

Nunca poderia amá-la como esperado.

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Ela o olhava com aqueles olhos brilhantes, úmidos. O olhava e pensava em como era bom ter alguém como ele, que a mimava, a queria bem, esforçava-se por ela.

O abraço apertado, o beijo quente. As mão entrelaçadas. Ela também sentia, mas demorou um pouco pra entender.

Ele nunca a amaria como ela gostaria. Mas ela sabia que o esforço dele pra fazê-la feliz era grande. Por isso ela aceitava aquilo que ela não podia mudar.

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