A vida, essa desnaturada.
O ano começou sombrio e mal vestido, maldoso e preguiçoso, daquele tipo que não desperta boas expectativas e a gente resolve só sentar e esperar. Esperar o mundo colorido e vibrante passar na frente dos olhos enquanto se abaixa a cabeça, se risca os dias no calendário e se pensa o porquê de não conseguir participar da folia que é a vida.
A vida, essa insensível.
Em pouco tempo é possível se perder das coisas mais importantes. O colo do pai, o carinho da mãe, o abraço amigo, a confiança em ser mãe. Transformar-se em um corpo fétido e sem alma se esgueirando pelas vielas da existência buscando a vampirização daqueles que ainda tem algo a oferecer.
A vida, essa pervertida.
Corpos vem e corpos vão. Toques, cheiros e gostos diferentes. Corpos que se fundem no ínfimo espaço de um suspiro pós-gozo e não fazem qualquer sentido. Corpos que não fazem sentido e nem sequer tem importância. Almas superficiais e fúteis que só se concentram num prazer quase pernicioso. Almas escurecidas e diminuídas pela mesma vida. Corpos e almas sem essência, que se tornam apenas uma casca disforme e tóxica.
A vida, essa incompreendida.
Não se entende os caminhos misteriosos e maliciosos que se desenvolvem em volta. Caminhos que levam à luxúria, à imperfeição, à maldade... e ao pecado. O pecado que se mostra como via de mão única, daquele tipo que traz destruição e horror, sem escapatória. Uma via com muros altos e rugosos, onde o lodo se acumula. Pode-se até ver as marcas daqueles que por ali passaram, mostrando o desespero inicial que, com o tempo e o costume, se transforma em conformidade.
A vida, essa surpreendente.
Só não se espera que no final de um desses caminhos exista luz. Uma luz que acalma, que fortalece, que acarinha. Uma luz que traz segurança, que abraça quando a tempestade está chegando e segura sua mão quando o escuro aparece. Uma luz que tem vida própria, que respira e sente. Uma luz que atravessa mil quilômetros e traz a sensação do toque, do cheiro e da pele pra perto.
Uma luz que faz o coração bater descompassado, deixa um sorriso bobo no rosto, deixa as pernas bambas e faz voarem as borboletas no estômago.
A minha luz tem nome, rosto e alma. Com braços que me acalentam e me protegem. Com uma voz linda e um sotaque que seduz. Com palavras de um futuro bom.
O ano começou sombrio e mal vestido, maldoso e preguiçoso, daquele tipo que não desperta boas expectativas e a gente resolve só sentar e esperar. Esperar o mundo colorido e vibrante passar na frente dos olhos enquanto se abaixa a cabeça, se risca os dias no calendário e se pensa o porquê de não conseguir participar da folia que é a vida.
A vida, essa insensível.
Em pouco tempo é possível se perder das coisas mais importantes. O colo do pai, o carinho da mãe, o abraço amigo, a confiança em ser mãe. Transformar-se em um corpo fétido e sem alma se esgueirando pelas vielas da existência buscando a vampirização daqueles que ainda tem algo a oferecer.
A vida, essa pervertida.
Corpos vem e corpos vão. Toques, cheiros e gostos diferentes. Corpos que se fundem no ínfimo espaço de um suspiro pós-gozo e não fazem qualquer sentido. Corpos que não fazem sentido e nem sequer tem importância. Almas superficiais e fúteis que só se concentram num prazer quase pernicioso. Almas escurecidas e diminuídas pela mesma vida. Corpos e almas sem essência, que se tornam apenas uma casca disforme e tóxica.
A vida, essa incompreendida.
Não se entende os caminhos misteriosos e maliciosos que se desenvolvem em volta. Caminhos que levam à luxúria, à imperfeição, à maldade... e ao pecado. O pecado que se mostra como via de mão única, daquele tipo que traz destruição e horror, sem escapatória. Uma via com muros altos e rugosos, onde o lodo se acumula. Pode-se até ver as marcas daqueles que por ali passaram, mostrando o desespero inicial que, com o tempo e o costume, se transforma em conformidade.
A vida, essa surpreendente.
Só não se espera que no final de um desses caminhos exista luz. Uma luz que acalma, que fortalece, que acarinha. Uma luz que traz segurança, que abraça quando a tempestade está chegando e segura sua mão quando o escuro aparece. Uma luz que tem vida própria, que respira e sente. Uma luz que atravessa mil quilômetros e traz a sensação do toque, do cheiro e da pele pra perto.
Uma luz que faz o coração bater descompassado, deixa um sorriso bobo no rosto, deixa as pernas bambas e faz voarem as borboletas no estômago.
A minha luz tem nome, rosto e alma. Com braços que me acalentam e me protegem. Com uma voz linda e um sotaque que seduz. Com palavras de um futuro bom.
Um comentário:
A vida se diverte as nossas custas. Brinca conosco como uma criança com seus bonecos.
Mas como toda criança, seus finais são sempre felizes!
Por isso brindo à vida, essa menina brincalhona.
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