sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O que não se pede

Porra. Em que encrenca eu fui me meter. Mas não dava pra me manter impassível diante daqueles olhos, daquele sorriso. Da jogadinha que ela faz com a cabeça e morde a boca. E me deixa louco.
Sério, não consigo entender o que se passa pela cabeça dela. Será que ela é bipolar? Culpa da TPM? E como vai ser depois?
O que ela antes achava engraçadinho e a fazia sorrir com aqueles dentes grandes agora a deixa carrancuda. Quase consigo sentir a mágoa dela. Quase sólida. Como aquelas pernas.
Ela diz que tem muita coisa. E não se abre. Não sei ler pensamentos, ainda não fiz o curso básico de telepatia. Caralho, mulheres são todas complicadas! E eu ainda insisto nela. Guria egoísta.
Ela não deve perceber tudo o que faço pra ficar com ela. Aliás, percebe e aprecia. E me manipula, filha da puta. Puta mesmo, a mãe dela é uma farsa.

Ela é uma farsa.

Fico esperando que ela diga o que acontece, o que tanto a incomoda. Ah! Mas é claro! Eu sei o que a incomoda, no fundo eu sei. Mas não aceito. Não admito. Não enxergo com os olhos dela, por isso não sei o que ela vê de tão errado.
Ela quer mais atenção. Tá, TPM e mulher carente é uma combinação explosiva. De novo. Todo mês é a mesma palhaçada. E ela ainda quer mais atenção. Não sei em que ponto a cabecinha maluca dela chegou que ela não enxerga que a minha atenção tem sido toda pra ela nos últimos meses. Até quando ela está longe, eu penso nela. E fico de pau duro quase sempre. Vaca.
Ela anda me vigiando, checando meus passos. Tenho certeza disso. Neurótica. E ainda culpa os outros, dizendo que ela não procurou. Mentirosa. Não vejo nenhum problema em revisitar o passado. Vai que alguém fala de mim lá? Faz bem pro ego, porra, e ela sabe disso. Ela faz a mesma coisa.
Será que o problema é o ego e o meu passado? Louca. Ela é egoísta, só pensa nela. Só ela pode ter maus momentos. Maluca. E bunduda.
Olho pela janela. O mundo me espera, ela me espera, mas eu preciso ter calma. Cometer um erro agora seria imperdoável. Meu maior erro é querer tudo ao mesmo tempo, isso me faz querer o irreal. Mas ela é real. E está aqui.
Disse que vou fazer tudo. Café na cama, flores, sacanagens. E ela não mexia um músculo, só balançava a cabeça.
O que foi que eu [não] fiz?
Foda-se, vou dormir. Gostosa.

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