quarta-feira, 27 de junho de 2018

A falta que a falta faz

Eu sinto. Sinto tanto que nem sei, que nem sou capaz de entender ou absorver.

Sempre estou cercada de gente e ainda assim me sinto sozinha. Um ponto fora da curva, uma supernova segundos antes de explodir.

Aquela velha sensação de que ninguém se importa.

Alguém pra conversar, pra falar dos acontecimentos cotidianos, daquilo que me alegra e me aflige. A solidão que é não sentir conforto em compartilhar, em dividir, em tirar o peso. A solidão que se sente por não ter alguém para apenas se sentar ao lado, ter a mão acariciada e o abraço recebido; para se estar em silêncio ou ouvir palavras banais de consolo.

A solidão em não se ter um porto seguro.

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