sábado, 23 de agosto de 2008

Quem é a Luciara?

Esta é uma pergunta sobre a identidade. Minha identidade é o que sou. Assim, é fácil responder essa questão: sou brasileira, tenho uma filha e moro sozinha. Sou uma latina, membro da humanidade. E, cada dia mais, sei que sou parte do universo, que tenho uma identidade universal.

Além disso, impaciente e imediatista. Quando eu quero, eu quero... pra ontem. Não gosto de planejar, prefiro a surpresa escondida no dia-a-dia. Prefiro o cheiro suave de pitanga no meu corpo do que o cheiro de naftalina da mesmice. Vivo com a cabeça nas nuvens e os pés no chão.

Sou a Wendy vivendo no mundo real, mas ao mesmo tempo querendo viver a loucura e a delícia de uma adolescência perdida.

E à medida que passam os anos, começo a contemplar a vida de um ângulo maior. Os pequenos detalhes que antes me obcecavam já não o fazem. Mesmo assim, me preocupa a idéia de que sou parte desse milagre por um curto período de tempo. Minhas células se criaram há mais de dois bilhões de anos, mas necessitam de apenas um segundo para morrer. Isso me parece um paradoxo. Sou consciente do passado de minhas células, mas não tenho futuro. Há apenas algum tempo, comemorei o início do ano 2000 e me senti como se eu fosse a última peça do dominó.

A brevidade do tempo me inquieta muito. Você não acha que nossa existência é muito curta? Eu acho que sim. Muita gente acha que não. Se lhe dissessem que acendendo essa chama você viveria eternamente, você acenderia? Eu acenderia sem nenhuma dúvida, sem hesitar. Nem me arrependeria depois de um milhão de anos.

Inclusive, arrependimento é uma coisa tão fria, tão sinistra. Um sentimento feio. Me recuso a me arrepender de qualquer coisa, por mais errada que possa ter parecido. A vida é uma só, e se eu não vivê-la intensamente, quem o fará?

A vida e a morte são duas caras da mesma moeda. Mas a minha escolha seria clara. Não duvidaria. Ao acender a chama eu provavelmente ficaria com um único lado da moeda... Talvez fosse perigoso. Conheço os dois lados da moeda. Mesmo assim, escolheria a vida eterna. Não tenho o suficiente com apenas uma vida. Quando tinha 15 anos, já pensava assim.

Apesar de não parecer, não creio na predestinação. Nem mesmo em vida depois da morte. Meu único desejo é viver para sempre. Desse desejo estou seguro. Também tenho meu próprio credo. Penso que o mundo e o universo não são uma coincidência. Há uma intenção. Não creio em uma revelação. Para mim o próprio mundo é a revelação.

O mundo é como o vemos. Uma mosca o vê de outra maneira, mas eu o vejo como ser humano e esse é meu tempo e meu espaço. O tempo para mim é a realidade.

2 comentários:

Tonm disse...

LG! (P.S.: Leia meu comentário em sua postagem anterior para entender "LG"!).
Entendo como se sente! Embora há algum tempo que eu não "poste meus adendos", creio que minha última postagem (http://videaddendum.blogspot.com/2008/06/inrcia.html)ilustre como você está se sentindo agora, não é?
É! Eu também me sinto assim às vezes. Porém, te digo: ___ Não procure por "dogmas" para nossa existência ou afins. Quando começamos a nos questionar muito, é porque nos colocamos à mercê (que não é a Mercedita) da sociedade, a qual é cheia de julgamentos. Faça igual à mim. Leia isso (http://videaddendum.blogspot.com/2008/06/dogmas.html) e diga assim ao povo: ___ Sodomizem-se!!! (Vulgo "V.S.F."), igual ao que eu faço quando estou nervoso lá no trabalho. Quer espanta-"ziquizira" melhor??? Rsrsrsrs.

duda_lookinha@hotmail.com disse...

amiga nem ti conhece mas pelo oq vc posto nesse blog aiii ja gostei d vc hein...olha minha filosofia d vida nao importa oq vc faz e sim o jeito q vc faz ;D

bjooos adoreiiiiiiiiii

OBS: add ai duda_lookinha@hotmail.com

;*