terça-feira, 23 de junho de 2009

Qual é a natureza da própria liberdade?

Será que liberdade siginifica que se tem permissão para fazer o que quiser? Ou então, há coisas que a limitam: a herança genética, o DNA específico, o metabolismo, as questões quânticas que acontecem num nível subatômico. Existem as doenças da alma que inibem e amarram, as influências sociais externas, os hábitos que criam elos e caminhos sinápticos no cérebro. E há os anúncios, as propagandas e os paradigmas.

Diante desta confluência de inibidores multifacetados, o que é de fato a liberdade?

A liberdade é um processo de crescimento.

Me sentia totalmente perdida, à espera de ser encontrada no meio dessa confusão.

Nascemos para ser amados. Assim, viver como se não fôssemos amados é uma limitação, e não o contrário. Viver sem ser amado é como cortar as asas de um pássaro e tirar sua capacidade de voar.

A dor tem a capacidade de cortar nossas asas e nos impedir de voar. E se essa situação persistir por muito tempo, quase podemos esquecer que fomos criados originalmente para voar. Talvez devêssemos optar por ser totalmente humanos, abraçando todas as limitações que isso implica. Seria como se um pássaro, cuja natureza é voar, optasse por andar e permanecer no chão. Ele não deixa de ser pássaro, mas isso altera significativamente sua experiência de vida.

Os seres humanos não são definidos por suas limitações, e sim pelas suas intenções. Não pelo que parecem ser, mas por tudo o que siginifica ser o que são.

A escuridão esconde o verdadeiro tamanho dos medos, das mentiras e dos arrependimentos. A verdade é que eles são mais sombra do que realidade, por isso parecem maiores no escuro. Quando a luz brilha nos lugares onde eles vivem no interior, se começa a ver o que são realmente.

Mantemos toda essa porcaria lá dentro porque acreditamos que ela está mais segura ali. E alguma vezes, quando se é uma criança tentando sobreviver, ela fica realmente mais segura no interior. Depois se cresce por fora, mas por dentro ainda se é aquela criança na caverna escura, rodeada, rodeada por monstros, e, como se acostumou, continua-se aumentando a coleção.

Todos colecionamos coisas de valor.

E isso muda, geralmente muito devagar, quando se está perdido no escuro. Mas isso não se faz sozinho. Algumas pessoas tentam todo tipo de mecanismo e jogos mentais. Mas os montros continuam lá, esperando a chance de sair.

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