domingo, 20 de julho de 2008

O preço

Preferia me tornar uma velha ignorante do que ter conhecido tão cedo as delícias da carne e da alma.

Benditas as mulheres que nunca gozaram ou que nunca amaram. Essas são felizes!

Imagine a minha situação: aos 17 anos já carregava uma certa "bagagem" sexual.Ou seja, já tinha experimentado um bocado de coisas, gostos, posições e peles. Sempre tive plena consciência de que sexo não necessariamente envolve sentimentos, e sim sensações; além de também sempre ter sabido como e onde ser tocada... a pressão, o movimento, a velocidade. Tudo isso sempre me foi muito claro.
E, se assim não fosse, eu talvez gostaria mais. Afinal, qualquer sexo seria bom!

Mas o coração... Ah, esse negocinho dentro de mim que não bate à toa, essas borboletas encasuladas no meu estômago, esse brilho nos olhos que faz que vem mas não chega nunca...
Amor de verdade não acontece duas vezes... mas para a maioria, não acontece nunca. E a minha vez já passou.
Hoje vivo de paixonites. Coisa rápida: bato o olho, gosto, converso, gosto mais, fico encantada, encanada e *PUFT!*, passou.
Só nessas férias - 20 dias - consegui a incrível marca de três paixonites. Três caras que considerei "perfeitinho, um sério candidato!" e que, do mesmo jeito que vieram, foram. Por motivos muito simples: para um faltou maturidade; para outro, independência e para o terceiro, as duas coisas.

Só quero alguém que não fira meu amor-próprio, até porque quando isso acontece, meu orgulho grita.
Até hoje sufoco um amor (aliás, o amor da minha vida) por isso. Ele possui minha alma, mas não tem acesso ao corpo. Pelo mesmo motivo, mantenho o homem da minha vida ao meu lado, com livre acesso ao corpo mas as portas da alma fechadas.
Isso sem contar, é claro, os casos. Uma semana aqui, o fim de semana ali, a outra semana lá, o outro fim de semana acolá. Parceiro fixo? Sim. Dois.

Galinha?

Sim!

Enquanto não tocarem a alma e o corpo simultaneamente, vou ciscando por aí.
*As paixonites de férias acabaram junto com o descanso. Na verdade, falta uma semana de férias, tempo para mais uma paixonite!*

** Cheguei no beco sem saída, né? Mas, a vida - incrível como só ela é - me estendeu uma mãozinha pra subir na escada de incêndio. E não precisei pular o muro! **

Um comentário:

Ana Baldner disse...

tbm tenho vivido de paixonite... o homem da minha vida ainda não chegou, na realidade acho que eu o perdir... ele chegou e foi emebora... mas deixou ele inpregnado no meu corpo e na minha alma...

bjs