segunda-feira, 14 de julho de 2008

Os sonhos são os mesmos há muito tempo, mas não há mais muito tempo pra sonhar

Na últimas semanas a adolescente dentro de mim acordou. E essa Wendy teve o prazer de fazer alguns vôos com Peter Pan e brincar com o Menino Perdido.
Refez atitudes inconseqüentes e impulsivas, imaturas e irracionais. Jogou sinuca e boliche, foi ao interior e à praia, passou a noite ouvindo música dentro do carro, comeu pizza e feijoada, cantou num karaokê e numa "Rock Band", trocou carinhos e confidências, reviu velhos amigos e conheceu novas pessoas, se desapaixonou de velhos amores e encontrou um novo amor. Viu chover corações pela cidade.
Subiu aos céus e desceu ao inferno.
Mas, Wendy, meu bem... não se pode ser adolescente pra sempre. É preciso voltar à rotina, ao dia-a-dia, às responsabilidades, à mesmice.
Não se pode atravessar estradas tentando alcançar o horizonte, não se pode fazer rotas idiotas traçadas por si mesma, manter os olhos úmidos e as pernas abertas tentando aquecer o coração. E é por isso, Wendy, que estou te colocando ali no cantinho.
É impossível reprimir o que acontece quando chega a hora de dizer "chega!".
Então, Wendy, continue sonhando e suspirando pelo Peter e pelo Menino Perdido. Guarde como mais uma lembrança (entre tantas) do que poderia ter sido e não foi.
É lindo não querer crescer, mas a vida real chama.

Adeus, Terra do Nunca.

Um comentário:

Ana Baldner disse...

ai... eu estou sempre na adolescencia... não consigo sair dela... só saio na hora de pagar as contas :( ai minha filha a realidade chama... mas ser adolescente é tão bom... principalmente com a experiência dos vinte e muitos... bjs